Pagina destinada a publicação de trabalhos teóricos de alunos das universidades brasileiras vinculadas a rede PHI relacionados ao patrimônio cultural e a intervenção no patrimônio histórico e cultural. 

 

COMPUTAÇÃO GRÁFICA NA PESQUISA HISTORIOGRÁFICA: A IGREJA MATRIZ DO PILAR EM SÃO JOÃO DEL REI

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Luiza Salles Araújo

Orientador: Profa. Dra. Vanessa Borges Brasileiro

Coorientadora: Prof. Dr.André Guilherme Dornelles Dangelo

Universidade Federal de Minas Gerais 

 

RESUMO

 

Este trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido tendo como base a pesquisa realizada por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC), intitulada “Matriz de Nossa Senhora do Pilar de São João del Rei: uma análise das transformações em sua arquitetura através da computação gráfica”.

Em sua primeira parte, é apresentada uma contextualização histórica do bem estudado, em seguida a problematização da falta de documentação histórica para amparar a pesquisa historiográfica desse bem e, por fim, a proposta do uso da computação gráfica na pesquisa historiográfica, apresentando o estudo de caso da Igreja Matriz do Pilar em São João del Rei e as potencialidades dessa tecnologia para além do estudo historiográfico.

 

Palavras-chaves: Historiografia, Computação gráfica, Laser Scanner, Fotogrametria, Patrimônio histórico-cultural, Arquitetura religiosa brasileira, Matriz do Pilar de São João del Rei.

"REFLEXÕES SOBRE O PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO EM BAIRROS PERICENTRAIS DE BH: Estudo de caso do bairro do Carmo"

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Sarah Vieira Paz Souza

Orientador: Profa. Dra. Vanessa Borges Brasileiro

Universidade Federal de Minas Gerais 

 

RESUMO

 

A presente monografia investiga a situação do patrimônio arquitetônico no bairro Carmo, situado na região Sul de Belo Horizonte. Partindo de um levantamento sobre o patrimônio arquitetônico (seja esse tombado ou não) da cidade foi possível perceber uma concentração de estudos e políticas de preservação do patrimônio em edificações dentro do limite da Avenida do Contorno, e uma escassez de estudos e levantamentos sobre o patrimônio em bairros pericentrais (bairros que estão ao redor da Avenida do Contorno). Diante disso, foi eleito um bairro pericentral para se aprofundar. A escolha do Carmo se dá pelo fato de ser um bairro antigo (a ocupação dele data do início do século XX) e por apresentar demanda de estudos sobre sua arquitetura. Dessa forma, foi realizado um diagnóstico sobre o bairro, por meio de um levantamento bibliográfico sobre a história, de visitas a campo, de mapeamentos diversos e da análise da legislação urbana e dos instrumentos de proteção ao patrimônio. A partir desse diagnóstico notou-se que algumas edificações de importância histórica e arquitetônica, e que são patrimônio do bairro, como a Igreja Nossa Senhora do Carmo e um conjunto de casas na Rua Outono datadas de 1940 até 1960, não possuem proteção prevista pela lei. Foi feita então uma análise sobre os efeitos da aplicação dos parâmetros urbanos propostos pelo zoneamento da lei de uso e ocupação de solo atual sobre esses bens para verificar o nível do risco dessas edificações serem demolidos ou descaracterizados. A partir disso, foi elaborada uma proposta para preservar a homogeneidade e a ambiência do conjunto de residências, bem como a conservação da igreja e a manutenção da visibilidade da torre sineira de alguns pontos do bairro, por meio da aplicação de instrumentos previstos pela legislação municipal, como o tombamento, a transferência de direito de construção, o limite de altimetria, entre outros.

 

Palavras-chaves: Patrimônio arquitetônico; Belo Horizonte; Carmo; Instrumentos de proteção do patrimônio cultural; Legislação urbana;

O SABER-FAZER DO TIJOLO MACIÇO COZIDO: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DO INVENTÁRIO PARTICIPATIVO NOS BAIRROS INÁCIA DE CARVALHO E MARAVILHA, EM SÃO JOSÉ DA LAPA - MG. 

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Ana Beatriz Rocha Moreira 

Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Penido

Coorientadora: Profa. Dra. Vanessa Borges Brasileiro

Universidade Federal de Minas Gerais 

 

RESUMO

 

O presente trabalho busca recuperar a memória do ofício da produção artesanal de tijolos através da aplicação da metodologia de Inventário Participativo, desenvolvido pelo Programa Mais Educação do MEC em parceria com IPHAN, utilizada como ferramenta da educação patrimonial para fomentar a discussão sobre o patrimônio cultural e promover a valorização daqueles responsáveis pela transmissão do saber: os mestres. Os aspectos abordados abrangem referenciais teórico e histórico a respeito das políticas públicas de preservação do patrimônio imaterial no Brasil, das abordagens feitas sobre arquitetura e técnicas vernaculares, os quais serviram de base para a elaboração de um Inventário Participativo sobre o saber-fazer do tijolo maciço cozido produzido na região dos bairros Inácia de Carvalho e Maravilha no município de São José da Lapa, região metropolitana de Belo Horizonte. A contribuição dos mestres neste trabalho permitiu observações menos romantizadas sobre a realidade destes trabalhadores, ao mesmo tempo em que a participação de outros membros da comunidade mostrou a necessidade de valorizar o ofício. Com este trabalho pretendese iniciar um diálogo local com a comunidade e os mestres, documentar e identificar as referências culturais dos principais grupos sociais envolvidos para que assim possa-se traçar diretrizes que sirvam para a promoção do ofício.

 

Palavras-chaves: patrimônio; arquitetura vernácula; mestres; artesania; tijolo cerâmico maciço; política pública; inventário participativo

PLANO DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE JOÃO PINHEIRO/MG

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Julia Gontijo Braga 

Orientador: Prof. Dr. Leonardo Barci Castriota

Coorientadora: Anielle Kelly Vilela Freitas

Universidade Federal de Minas Gerais 

 

APRESENTAÇÃO


O município de João Pinheiro, localizado no noroeste de Minas Gerais, é hoje o maior município mineiro em extensão territorial, com área de 10.727,471 Km². Por esta razão, existem diversas vilas distantes do distrito Sede, sendo que muitas delas ainda preservam manifestações culturais tradicionais, como a Folia de Reis. Ao considerar a importância de se preservar o patrimônio cultural de João Pinheiro, buscou-se desenvolver um estudo identificando quais são seus desafios e potencialidades, para que, a partir desses dados, possam ser indicadas medidas para a sua proteção.
Na primeira etapa deste trabalho foi elaborado um diagnóstico acerca da situação atual do patrimônio cultural de João Pinheiro, em que a atuação do Conselho Municipal de Patrimônio e sua trajetória foram os pontos de partida da pesquisa. Baseado nessas informações e com auxílio de membros da Secretaria de Cultura, coletou-se dados referentes à participação do município nas cotas do ICMS - critério Patrimônio Cultural e suas pontuações nos últimos anos.
Em parceria com a equipe da Secretaria de Cultura de João Pinheiro, foi feito o acompanhamento da visita técnica referente aos trabalhos do ICMS Cultural - Exercício 2020. A consultoria, realizada para a elaboração de laudos técnicos e fichas de inventário, permitiu uma maior aproximação com os bens tombados e registrados de João Pinheiro, além de conhecer melhor suas histórias e agentes envolvidos em sua preservação.
Diante dos apontamentos sugeridos pelo diagnóstico e pela visita técnica, traçou-se o Plano de Preservação do Patrimônio Cultural de João Pinheiro, com objetivo de condensar em único documento diversos programas e projetos que podem ser executados para a proteção, salvaguarda e difusão do patrimônio do município.
Em paralelo ao Plano e aliado ao desejo de tornar concreto um de seus projetos, desenvolveu-se um projeto de educação patrimonial, focado no único patrimônio imaterial registrado pelo município: a Folia de Reis. Para essa ação, foi feita uma parceria com a Associação dos Foliões de Santos Reis de João Pinheiro e Escola Estadual José Romero da Silveira - NEEC, onde as oficinas foram realizadas.

 

 

CORTIÇOS EM SÃO PAULO - TRAJETÓRIA DE UMA ALTERNATIVA DE HABITAÇÃO 

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Thaís Eugênia Lobo e Silva 

Orientadora: Profa. Dra. Elisângela de Almeida Chiquito Martins 

Universidade Federal de Minas Gerais 

 

Os cortiços figuram como parte constituinte da história e da paisagem urbana da cidade de São Paulo, tendo suas origens entrelaçadas com o processo de industrialização vivido pela cidade no final do século XIX. Tendo conformado a primeira grande crise habitacional da cidade, o modelo de habitação coletiva se apresenta, ainda hoje, como uma questão latente, reforçando o processo de exclusão e estigmatização de grande parte da população paulistana e explicitando o conflito de interesses entre os atores que compõe o cenário habitacional e imobiliário paulistano. Por meio de uma análise do processo de formação dos cortiços e das ações de intervenção executadas pelo poder público ao longo dos anos, este trabalho busca compreender os desdobramentos das ações de remoção e reassentamento da população encortiçada e os seus reflexos na dinâmica urbana e na forma de habitar de seus moradores.

 

 


Palavras-chave: Cortiços. Moradias coletivas. Requalificação de áreas degradadas.